Língua portuguesa atrai estudantes estrangeiros para Unesp de Rio Preto


Em uma sala de aula, são mais de 15 nacionalidades juntas para aprender.
Procura pela língua portuguesa aumentou 400% na Unesp de Rio Preto. 

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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Muitos estrangeiros estão de olho em São José do Rio Preto (SP) para estudar. A proximidade com a Copa do Mundo e as Olimpíadas aumentam o interesse de quem vive lá fora em aprender a língua portuguesa. E a Unesp é uma das universidades que ensinam o idioma para quem vem do exterior.
A cidade, que fica a mais de 450 quilômetros da capital, se tornou atrativa para alunos estrangeiros. Eles escolheram Rio Preto para estudar e chegam em número cada vez maior. A estudante Yoanky Cordero saiu de Cuba para fazer pós-graduação em letras. “Fiz uma pesquisa e fui encontrando o que queria estudar em Rio Preto. Então resolvi vir para cá”, afirma.
Na sala de aula, são mais de 15 nacionalidades juntas. Gente que veio de todo lugar do mundo, como China, Peru, Estados Unidos, Haiti. O desafio dos professores é transformar todos esses idiomas em uma só língua. “É um desafio para nós lidar com a cultura e diversidade cultural dentro da sala de aula. Temos 15 culturas e línguas diferentes dentro da sala”, diz a professora Isabela Abe de Jesus.
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O bom momento da economia, as Olimpíadas e a Copa do Mundo, juntos, aumentaram a visibilidade do Brasil no exterior. No último ano, somente na Unesp de Rio Preto, a procura pelo curso de língua portuguesa aumentou 400%. “Você deixa de aprender a língua de um país dominante, para começar a ensinar nossa língua, projetar nossa cultura em outros contextos e valorizar o que temos”, afirma a coordenadora do curso, Marta Lúcia Kfouri.
A estudante Eilidh Mcivor chegou ao Brasil em fevereiro.  Ela saiu da Escócia para conhecer o país que, segundo ela, pode oferecer muitas oportunidades. “Na verdade adoro o português, é uma língua bonita e as pessoas no Brasil sempre querem conversar e fica fácil de aprender, conhecer a cultura”, diz.
O aprendizado já é tão grande que até quem veio do outro lado do mundo já pensa em trazer toda família para morar no Brasil. A estudante Beibei Sang, ou melhor, Bela Fernandes, para os brasileiros, saiu de Pequim para aprender e também ensinar. “Gosto bastante dos meus alunos e dos meus professores. Eu ensino a minha língua, o mandarim, e também aprendo o português”, afirma.
Estudantes estrangeiros durante aula de língua portuguesa na Unesp de Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem)Estudantes estrangeiros em aula de língua portuguesa na Unesp de Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem)
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Filha faz denúncia ao MP para apurar doação do corpo do pai para estudos - Trafico de pessoas vivas o mortas é bem igual, delito.


Cadáver foi doado pelo IML de Goiânia para faculdade do Distrito Federal.
Morte de empresário, em 2007, só foi descoberta quatro anos depois.

Do G1 GO
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Filha de Valdebrandes faz denúncia ao MP para apurar doação do corpo do pai, em Goiânia (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Filha de Valdebrandes descobriu a morte do pai 4 
anos depois (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)
Filha do empresário Valdebrandes Francisco Nascimento, morto em 2011, Lolian Nascimento, entrou com uma representação, nesta segunda-feira (11), junto ao Ministério Público Estadual (MPE-GO) para pedir uma apuração sobre a doação do corpo do pai para uma faculdade de enfermagem, emTaguatinga (DF). O processo será analisado pelo promotor de Justiça Vinícius Jacarandá.
A família procurou por Valdebrandes durante quatro anos e só descobriu que ele havia morrido depois da contratação de uma advogada para auxiliar nas buscas, em 2011. Na época em que ele morreu, em 2007, o cadáver ficou por 45 dias no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia até ser doado para a faculdade. Neste período, a família não foi comunicada da morte.
"Quero a averiguação dos fatos que aconteceram e saber por que eles não comunicaram a família", diz Lolian ao G1. Segundo ela, o endereço que consta no atestado de óbito do pai é o mesmo que ela morava na época da morte e onde reside até hoje.
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A gerente do IML de Goiânia, Silvânia de Fátima Barbosa, reconheceu que houve um erro na doação do corpo e alegou que isso aconteceu porque na época o órgão não tinha pessoal suficiente para procurar os endereços. A versão é contestada por Lolian. "Não acredito que foi por da quantidade de funcionários. Para doar o corpo do meu pai, havia empregados", reclama.
A filha do empresário disse que o promotor lhe prometeu uma resposta se vai ou não acionar judicialmente os envolvidos no caso até a próxima sexta-feira (15). Lolian afirma que vai contratar um advogado e que, se ele assim a orientar, irá pedir uma indenização na Justiça.
G1 tentou contato com o promotor Vinícius Jacarandá, mas ele não foi encontrado para comentar o caso.
Morte
De acordo com a investigação da advogada contratada pela família, Valdebrandes passou mal na casa onde morava, em Goiânia, e foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) por vizinhos. O relatório médico aponta que ele teve hemorragia no intestino, passou três dias internado e morreu devido a uma parada cardiorrespiratória.
A certidão de óbito do IML não esclarece a causa da morte, mas tem o endereço da família. Conforme a legislação brasileira, a doação a faculdades pode acontecer se o cadáver não tiver qualquer informação de endereço. Nesse caso, a notícia de falecimento deve ser publicada em jornais de grande circulação, o que não foi feito.
Além da família não ter sido avisada da doação, outra irregularidade seria em relação ao tipo da faculdade que recebeu o cadáver. Conforme o Centro de Apoio Operacional da Saúde do MP-GO, apenas o curso de medicina pode receber corpos para serem estudados.
A faculdade de enfermagem justificou que recebeu o corpo com a devida documentação.